sábado, 18 de setembro de 2010






O Homem sem crédito



Passar pelas ruas montado em coletivos
Observando tudo
As variações nas placas da perimetral
"Não jogue lixo neste local"

E centenas de homens jogados no lixão de aguazinha
Sendo devorados por moscas

ressecos pelos olhares dos urubus

Então o homem absorve o lixo, vive do lixo, come do lixo
cheira e no lixo morre

E da sua boca e das dos seus filhos, palavras putrefatas

Restos de gente, poços de esperança
ou descontentamento


Desacreditados



No fim das contas
Só contas a pagar.












Bartô, 17 de setembro de 2010.

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