quinta-feira, 27 de maio de 2010



Paz


O sol espalhou
o sangue é quente
a pipa voou
e de repente
escutaram-se as balas
esfriando as mentes
é fogo
e o menino só queria brincar
morreu sem dever
pagou pelo outro
a bala e a morte
de graça

E qualquer alma cega
cala

Burrice
ninguém viu
ninguém sabe de nada
Nem se quer saber
nem se quer que saiba
"Não tenho tempo
e é só mais um
Noticiário de TV."

A justiça se cobra
mas não se sabe de quem
os armados da lei
não protegem ninguém
Por que a bala é uma só
e o homem
=falha

Falta o bem
E eles são milhares

Nas esquinas

e padarias e lanchonetes
o ódio cresce
ninguém pergunta
ninguém responde
De onde
surgiu o menor delinquente
irresponsável
doente [irrecuperável

Não foi a vida?


Os invisíveis
ainda pedem esmola no sinal



E ninguém dá nem paciência



[Seu tempo acabou.]

Paaaaa . . . zzzzzz





Bartô, 27 de maio de 2010.

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