quinta-feira, 8 de abril de 2010


Canto de Amor às Águas [Ou Banho de Fim de Tarde]

Água!
Tu que me envolves em teu corpo
Em teus pingos
Moles moléculas invisíveis
Em tua alma [Água]
Me renovas

[E me mergulhas]

Em múltiplas sensações indizíveis

Tu que levas pra longe o meu cansaço [Meu suor]
De um dia inteiro de trabalho
Eu sei de cor
Cada sensação que me envolve
Ao te envolver
O crepitar das chamas de meu ser
Se apaga em cinzas
Dissipadas no vazio
Água, minha bela
Eu não sinto frio
Nem nada quando me atrevo a nadar em ti!

[Refletes a luz e não sei mais o quê]

Incapacitado meu ser se recolhe
Na toalha
tão macia
E absorve
Teus pingos molhados de chuva
Que antes de vir parar nesse banheiro sem graça
Eras desencanada
E sem rumo
Nos quatro cantos de rios do mundo
Água, eu sei que sabias viver!

Água agora denscansas minh'alma
Com a pureza que ninguém vai entender. [Talvez sentir]

[Até o próximo banho!]


Bartolomeu Dias [04/04/2010] 15:00 h

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