domingo, 26 de abril de 2009

Mar Revolto


Mar revolto
alucinado e afoito
de ressaca
de revolta
de um verde imponente
de horizonte sem fim

mar de sorte, de lágrimas
quem se despede em mares chora
de amores que agora
sumiram no infinito infinitivo do mar
que nem é verbo
mas que decerto há
nele, algo de belo
que viventes errantes
nunca souberam explicar

é lindo ver o vento, de maré
que me toca
que me enche de esperança
de verdade
de verde
idade não há
pra quem sempre existiu

mar de anil
vento de abril
que meu mar vem congelar
és vilão vil
destro é meu mar
te põe abaixo
num tiritar
de ondas mansas.

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poetasemfuturo by Bartolomeu Alheiros Dias is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 3.0 Brasil License.
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