Nos tempos em que os arames tinham farpas
eu via meus soldados de chumbo morrerem de frio
era vazio
e oco
fazia um som de nada
ecoava feito o vento
fazia silêncio pra mulherada
e quem passava
vendaval
então
logo que se foram os vidros, os pregos dos muros
e os chumbinhos pra matar os ratos
me acostumei
virei cachaça, vento
etanol
e agora ninguém sabe onde estou.
Eu