quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Convicção


Eu sou um besta convicto
de vez em quando sou um sábio
Ideia da hora, não oral, internalizada
E externa
Eu sou um louco, radical
Quebrei os círculos, e a linha é infinita agora
Isso é normal (?) Sem preocupação com nada
Passo por cima da tua vista e tu achas que concordo
E tu achas minha loucura, divinal
Um novelo de linha
enrolado, o silêncio é oportuno
e você quer falar tudo
e você quer barulho, toda hora, ideias sem parar
digo comigo
consigo, será? desatar essas teias invisíveis que me prendem?
Essas correntes que surgem após qualquer uma se quebrar?
Minha agonia você não conhece, só minha alegria instantânea
Melhor
Ontem eu sentado convictamente da delícia tomei aquele sorvete e pensei no silêncio
o que você pensava?
quem sabe o mesmo que eu
o mormaço do centro é tão bom quanto o vento da praia
tão bom quanto ver o pênis-de-brennand, na bancada do cais
o silêncio tá lá, o silêncio, meu amigo, o silêncio sempre
antes da ideia genial
ou não
antes do ideal, o silêncio
penso que ele, então
é o senhor de muita coisa
do meu, do seu, do "nosso" não
desses modos de pensar, de pesar e apesar de tudo
apesar de tantos pesares, apesar de você tanto me sacudir e de gritar por um som
eu te digo, convicto:
Nada e tu tudo entendes só por um olhar
e então eu vejo que o silêncio não existe
e essas convicções convenientes começam
a mudar. BARTOLOMEU DIAS, HOJE.



License Creative

Creative Commons License
poetasemfuturo by Bartolomeu Alheiros Dias is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 3.0 Brasil License.
Based on a work at Não.
Permissions beyond the scope of this license may be available at Não