quinta-feira, 30 de dezembro de 2010



Só mais um poema existencialista



Por trás de tantos vícios
Cansado dos fogos de artifício
sou eu

Tanto azul
Tanto branco
O sol que queima

Eu olho no horizonte
inato tô na tua teia

Desfaço meu destino
ingrato, sou de tua aldeia


É só mais um poema
Ou uma canção de ninar

É só mais um dilema
com quase mil razões pra chorar

Talvez mude de tema
Só mais uma farofa estelar

O meu veneno tá aqui
O teu veneno tá lá

Longe de tudo

Eu acho que é tudo


um grande entendimento do ar



Detrás daquelas cortinas
sou eu que encho a cara no bar

É só mais um poema existencialista,
ou uma canção de ninar

Dispenso psicanalista
Meu lápis é quem vai me ajudar

Ingrato na rima
me despeço
eu me despi.




Bartolomeu Dias, vinte e sete de dezembro de dois mil e dez.

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