quinta-feira, 24 de junho de 2010



Recife


Ahh

caminhar
nas ruas do Recife o cheiro de maré
moto pra todo lado e a morte no jornal

a vida que corre - nem se arrasta
já não pode parar - sol na cara

as casas da boa vista têm cheiro de livro velho
vi a via e vivia a andar por ali a moça bela
desfila na esquina - fizeram fila pra olhar

passando na praça polida verdosa dá gosto sentar
e o tempo voa na ilha do leite o menino chora com fome e eu morrendo de rir

o point é a minha cidade
ficaram besta co'asponte

de andada eu sou santidade
ou só mais um passante


o homen grita queimaram alguma coisa
nem sei
as roupas intactas
os gestos alegres

nem sinal
sem ócio
são ossos do ófício
é parte da minha vida
sou parte dela
deles
nossa








Recife!



Barto *Se acharem necessário pontuem


24 de junho de 2010.

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